Estou deitado em nossa cama e a ausência do teu calor me faz te odiar. Você não tinha o direito de me deixar assim. Ainda mais por um homem que nunca vai te tocar como eu tocava; um homem que te chama de puta e te deixa marcas com violência. Um homem que nunca -tenho certeza, jamais- leu Drummond ou ouviu Tom Jobim. Um homem que sequer tem a capacidade de lhe escrever alguns versos de amor. Como é que você pôde...
Mas, para meu maior espanto, é disso que você gosta. Você gosta de quem te maltrata, de quem te come, acende um cigarro e vai dormir logo em seguida. Você gosta desse machista nojento, que leva um bando de homem fedido para assistir futebol em casa e te faz ficar desfilando como uma empregada de luxo, servindo cerveja para esses porcos.
Como é que você pode...
Sinto nojo de mim, por saber que amo alguém como você. E te imaginar sendo uma puta na mão desse homem asqueroso me excita.
Olha o que estou dizendo! Você acabou comigo! Eu não sei mais...
...
Volte para casa. E traga esse homem também. Se for para viver contigo, eu me submeto a ele.
Guilherme Rodrigues Santos
Muito interessante esse blog, adoro palavras intensas e cheias de significados!! *-*
ResponderExcluirObrigado, Amanda!
ExcluirNossa que profundo, e ao mesmo tempo lindo e intenso, parabéns, suas palavras são fortes, mesmo assim eu adoreii 😎💖
ResponderExcluirEi, Ana! Às vezes só palavras fortes conseguem transcrever o que a gente sente né? E obrigado! <3
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