19 de jun. de 2015

Eu não sei parar... de te olhar.

Faz algum tempo que não posto texto de outras pessoas aqui no blog, mas hoje, ouvindo um pouco de Ana Carolina, vi um texto dela que é incrível e precisei compartilhar.


Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente. 

Desculpa, tudo que vivi foi profundamente. Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta. 

Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de me inventar de novo. Desculpa, desculpa se te olho profundamente, rente à pele, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços. A ponto de ver a estrada onde ficam seus passos. 

Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos! 

Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. 

Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.


Ana Carolina


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