22 de nov. de 2013

Pseudica: "Contracorrente": encontrando beleza na tragédia


É possível que a tragédia e a dor sejam belas? "Contracorrente", longa-metragem de estréia do diretor peruano Javier Fuentes-León, mostra que sim.

Miguel (Cristian Mercado) é um pescador que vive um relacionamento com o artista plástico Santiago (Manolo Cardona), apesar de ser casado com Mariela (Tatiana Astengo) que está a espera de um filho seu. Miguel vive numa linha tênue entre ser feliz e se aceitar, e todo o desenrolar da história (que me surpreendeu!) baseia-se nisso. Tão belo, real e sutil, o filme nos faz perceber o quanto é importante nossa felicidade sem a preocupação com amarras e preceitos preconceituosos da sociedade. O filme trata de dramas psicológicos, religiosos, amorosos... evidenciando uma comunidade imersa em diversos tabus sociais.

Os atores fazem um ótimo trabalho, agindo com total naturalidade... exceto alguns deslizes de coadjuvantes, que acabam passando despercebidos, visto quão boa a produção é. Eles sofrem a todo momento, cada um com sua dor, e isso nos envolve de tal forma, que acabamos sofrendo com eles. É um dos poucos que me deixou com aquela depressão-pós-filme-que-mexeu-comigo.

Merecidamente, o filme foi vencedor do prêmio na escolha do público no Festival de Sundance, e também levou prêmios no Festival de San Sebastian e de Melhor Filme do Festival Mix Brasil de 2010.


Avaliação: 

Nota: É necessário muita sensibilidade na hora de ver o filme, pois existem cenas que soam surreais ou desconexas, mas sem elas, o mesmo não seria tão grandioso quanto. 

Não encontrei um player para anexar aqui, porém, você pode baixar o filme (via torrent) clicando aqui.

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